Equipamento a gás causa menos impacto ao meio ambiente e
resolve problema de famílias que sofrem com falta de luz.
Gabriela Flores
Um chuveiro ecológico criado pelo
mecânico Mauro Serra promete impacto menor nas fontes de água e energia e no
bolso do consumidor. O produto, que usa gás para o aquecimento, gera economia
de 1.000% em energia em relação ao similar elétrico. De pequeno porte, o
chuveiro pode ser instalado em qualquer local, como residências, acampamentos,
campings, trailers, embarcações, pesqueiros e até pendurado em uma árvore. O
equipamento funciona por gravidade e pode ser alimentado, por exemplo, por uma
garrafa PET.
Há dois anos, a novidade rendeu ao
inventor e à mulher, a engenheira mecânica Jorgea Corrêa, o Prêmio Brasil de
Meio Ambiente, concedido pelo Jornal do Brasil, com Apoio da Petrobrás e
Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), na categoria Pequena e
Micro Empresa.
Em 2008, o casal decidiu abrir a
empresa ATA – ÁguaTerraAr, em Paraty (RJ), para vender o produto. A produção
começou com quatr o chuveiros e faturamento mensal médio de R$ 1,2 mil. Hoje, a
empresa produz 40 peças por mês, vendidas por R$ 345,00 cada uma. O faturamento
mensal pulou para R$ 10,3 mil.
Feito de cobre, alumínio, aço inox e
ferro fundido, o chuveiro ecológico não consome eletricidade e a emissão de CO2
é quase nula. A regulagem da temperatura é feita pelo usuário, que pode variar
do morno ao muito quente. O acendimento é manual, com fósforo, ou automático.
Benefícios
A economia de 1.000% no gasto com
energia é possível porque o custo de manter o chuveiro a gás ligado é de R$
0,53 por hora. Um similar convencional, aquecido a energia elétrica, custa R$
5,30 para aquecer a água, no mesmo período.
O chuveiro ecológico pesa 3,2 kg. Não
há necessidade de nenhuma obra para a instalação e não precisa de bateria ou
pilha para o funcionamento do equipamento. De acordo com a engenheira Jorgea, o
aparelho consome no máximo 120g/h de gás, o que equivale a um qua rto do
consumo dos aquecedores convencionais. “Um botijão de 13 kg dura, em média, de
120 a 150 dias com banhos diários de uma hora. E cada botijão equivale a
dez árvores de médio porte em termos de produção energética. Seu uso evita
a queima, no Brasil, de 3,5 bilhões de árvores por ano”, contabiliza.
Jorgea conta que para alavancar o
negócio procurou o Sebrae e hoje já vende o produto para dez estados
brasileiros. “A instituição foi fundamental para o crescimento da minha
empresa. Estamos com quatros novas invenções no forno para colocar no mercado”,
adianta.
Rio+20
Há 40 anos, o Sebrae promove
a competitividade e o desenvolvimento sustentável da micro e pequena empresa.
Sustentabilidade é empreendedorismo, eficiência, inovação, gestão, lucro e
responsabilidade social e ambiental. Por isso, o Sebrae é parceiro oficial da
Rio+20.
O Sebrae representa 99,1% das empresas
brasileiras, mais de 2 milhões de empreendedores individuais e 4,4 milhões de
agricultores familiares: mais de 37 milhões de pessoas.
Fonte/Contato: Guarany Alves,
colaborador do SEBRAE.
Agência Sebrae de Notícias: (61)
3243-7851 / 3243-7852 / 9977-9529
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